28 de agosto de 2017

IAM - Uma Obra universal


Texto da irmã Patricia Souza, 
Secretária nacional da IAM.

   " Todos nós cristãos, pela força do Batismo, somos membros da Igreja, corresponsáveis pela atividade missionária. A participação das comunidades e de cada fiel neste direito-dever é o que se chama cooperação missionária" (RMi 77).
    Ser cristão é ser necessariamente missionário, isto é, corresponsável na atividade evangelizadora. Ou seja, por vocação, todos n´s cristãos devemos cooperar com a missão universal.
   Tal cooperação enraíza-se e concretiza-se, antes de mais nada, no estar pessoalmente unido a Cristo. Poderemos dar bons frutos somente se estivermos unidos a Jesus, como o ramo à videira (cf. Jo 15,5). 
   A santidade de vida possibilita ao cristão ser fecundo na missão da Igreja. A participação  na missão universal, portanto, não se reduz a algumas atividades isoladas, mas é sinal de maturidade da fé e de uma vida cristã que dá fruto (Cf. RMi 77).  

 
IAMG Auxiliadora
    A criança e o adolescente  missionário aprendem de Jesus a  serem bons discípulos.        Passam então a viver como Ele,  o enviado do Pai e o primeiro missionário, e fazem novos seguidores de Jesus, como Ele ordenou: " Ide, fazei discípulos!"
    Existem vária maneiras de cooperar com a missão universal. Cada uma delas com seu próprio significado.

   A cooperação missionária deve ser, em primeiro lugar, espiritual, isto é, pela oração fervorosa e o oferecimento do sofrimento assumido em união com a Paixão de Cristo, com o testemunho de uma vida coerente com a fé que o Senhor nos manda transmitir (cf. RMi78).  
  É importante a cooperação dos enfermos e dos anciãos, a oração em família, o oferecimento de pequenas renuncias e a oração das crianças. 
  Outro modo importante é a cooperação econômica, necessária para a evangelização. Deus nos deu muitas riquezas (vida, bens, possibilidades, etc.), não só para nosso próprio bem, mas também em favor de nossos irmãos e irmãs. 
  É a fé, a espiritualidade viva que nos fazem partilhar nosso pão com os outros. " Maior felicidade em dar que receber" (At 20,35).

  A universalidade da Missão é o seu fundamento e justificativa. Jesus aproximou-se de seus discípulos e falou: " Portanto, vão e façam com que todos os povos se tornem meus discípulos, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espirito Santo, e ensinando-os a observar tudo o que ordenei a vocês. Eis que eu estarei com vocês todos os dias, até o fim do mundo" ( Mt 28,19-20).


    "Eis-me aqui, Senhor, estou disposto, envia-me" ( Is 6,8).

  Esta é a resposta que pode dar cada uma das crianças, adolescentes e assessores: 
Ser missionários todos os dias, por toda a vida.


CONCRETIZANDO NA IAM

  Na fundação da Obra da IAM, em 1843, as crianças e adolescentes comprometeram-se a rezar "uma Ave Maria por dia e, oferecer uma moedinha por mês" para ajudar as crianças e adolescentes mais necessitados do mundo. 
  Esse compromisso assumido com tanta devoção e responsabilidade pelos pequenos grandes missionários, tem muito a nos ensinar. É um gesto mais profundo do que possa parecer em um primeiro olhar.
  A espiritualidade cristã é alimentada por uma vida de oração, que com tantas atividades acaba ficando em segundo ou terceiro plano.
  Para as crianças e adolescentes da IAM, a oração vai além das necessidades, mas também além de si ou de seu círculo de amigos e de familiares.

  O compromisso é com todas as crianças e adolescentes do mundo. Talvez para os adultos essa oração possa parecer utópica, mas para as crianças e adolescentes as barreiras são mais flexíveis e a comunhão  concretiza-se.
 "Renunciar voluntariamente a alguma coisa"
Eis o significado de sacrificar no dicionário. Por isso, quando a IAM trabalha a dimensão do sacrifício que se expressa na doação de "uma moeda" por mês, esse gesto vai muito além do ato de doar dinheiro - que é importante e significativo.
   Trata-se de despertar na criança e no adolescente a dimensão do sacrifício e da opção que é realizada de maneira consciente.
   A renuncia sempre é exigente, mas quando é realizada de maneira consciente e por causa maior, adquire outro significado. É assim quando uma mãe renuncia a uma noite de sono para cuidar de seu filho doente; quando um irmão renuncia a um brinquedo que gosta para que seu irmão menor também possa brincar.

  Por isso, a IAM propõe a experiencia de renúncia e do sacrifício material em favor das crianças e adolescentes mais necessitados. 
  Essa é uma experiencia que vai muito além do pedir uma moeda para os pais a fim de " cumprir o compromisso assumido no grupo".    Essa pedagogia faz com que a criança e o adolescente sinta-se diretamente responsável pela cooperação com as crianças e adolescentes de todo o mundo. Com isso podemos ultrapassar o pretexto facilmente utilizado para que continuemos em nosso pequeno mundo: " Para que ajudar outro continente, se temos tantas necessidades em nossa realidade?"

  O lema que orienta e conduz é " Criança e adolescente ajudando e evangelizando criança e adolescente".
   Desse modo, os protagonistas da  Obra são as próprias crianças e adolescentes, e elas mostram que são capazes. com sua simplicidade e criatividade, elas são portadoras do anúncio da Boa Noticia e o fazem de coração aberto ao mundo inteiro, sem fronteiras. Buscam a salvação de todas as pessoas, como o faz o a mor universal de Jesus.

   Dom Carlos de Forbim-Janson fundou a IAM como uma obra universal. esta se concretiza em cada grupo conforme a realidade local, com seus desafios e suas luzes. Cada grupo da IAM, nas diferentes partes do mundo, é uma pequena centelha de luz que ajuda a iluminar o mundo.
Desejamos, de fato, que cada grupo viva com mais autenticidade o carisma e metodologia da IAM, para que essa luz seja ainda mais fortalecida.
 Irmã Patricia Souza, 
Secretária nacional da IAM.
"De Todas as Crianças e Adolescentes do Mundo, Sempre amigos!"
Fonte: blog garotada missionária

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